Com esse trabalho de musico já presenciei muita coisa irritante e muitas situações extremamente engraçadas como quando a pessoa vem pedir uma musica que acabamos de tocar:
- Olha! Acabamos de tocar essa musica!
- Ah! Não me enrola Toni! Toca aí!
E confusões?
Em uma noite uma moça aproximou-se me falando:
- Sandro! Toca aquela...
- Olha, moça, disse eu, meu nome não é Sandro, é Toni!
- Ah, ta! Vais tocar ou não?
- Eu não sei essa canção e meu nome não é Sandro!
- Ta, ta!
Em uns 10 minutos ela voltou:
- Sandroooo! E a minha musica?
Eu afastei o microfone, chamei-a e disse baixinho:
- Olha desculpa te decepcionar moça, mas eu não sei tocar essa e meu nome não é Sandro!
- Ah, ta! Disse ela e ao sentar-se à mesa comentou com uma amiga:
- O Sandrinho ta se fazendo de louco!
E quando a pessoa pede uma musica e, não sendo atendida, levanta os braços, indignada:
- Pô! Não sabe?
Se ela pedir mais uma que você não saiba:
- Ah, não! Nem essa?
E daí vem a cacetada final:
- Então toca uma boa aí!
Outra coisa muito cômica é quando a guria diz:
- Toni! Toca a minha musica!
- Qual? Pergunto.
- A minha! E olhando em volta à procura de uma amiga, pergunta, quando a encontra:
- Qual é aquela musica que eu gosto, Maristela?
- Que!? Diz Maristela surpresa.
- Aquela que eu gosto! Pô! Pensa Maristela, pensa!
Mas a mais engraçada de todas que eu consigo lembrar é a do bêbado que ia sempre em um barzinho e, não sei porque, só depois que, quase, não conseguia falar ele vinha pedir musica:
- Psiu! Toca “Suiss suissuing”!
Noite após noite ele vinha, às vezes só conseguia sussurrar:
- “Suiss sussuing”!
Um noite, ainda na passagem de som, ele chega até mim, por se tratar de começo de noite, se encontrava em condições de ser entendido:
- Pô! Quando é que vais tocar a minha?
Finalmente ia desvendar o mistério envolto naquela, até parecia, “mensagem subliminar”:
- "Sultains of swing" do Dire Straits.
Muita gente, nem muito sóbria, arriscaria.